Áreas de Atuação

Transplante de Fígado

Transplante de Fígado Intervivos

Cirurgia do Fígado

Cirurgia do Pâncreas

Cirurgia das Vias Biliares

Cirurgia da Vesícula Biliar

Cirurgia de Hérnias

Tratamentos

Transplante de Fígado

O transplante de fígado é uma cirurgia de altamente complexa, onde o fígado doente, em geral cirrótico, é substituído por um fígado “saudável” proveniente de um doador falecido. As principais indicações do transplante de fígado envolvem os casos de cirrose hepática descompensada, cirrose hepática associada ao aparecimento de ascite, encefalopatia, prurido intratável, ou desenvolvimento de câncer de fígado. O transplante também pode ser indicado em casos de hepatite fulminante e paramiloidose familiar. O paciente submetido a transplante irá necessitar de medicações chamadas imunossupressores, com o objetivo de evitar a rejeição do novo órgão implantado.

Atualmente a esteatose ou gordura do fígado figura entre uma das principais causas de hepatite, com evolução gradual para cirrose que pode culminar com a necessidade de transplante de fígado. Além disso pacientes com esteato-hepatite apresentam maior risco de desenvolvimento do carcinoma hepatocelular.

Transplante de Fígado Intervivos

O transplante de fígado intervivos tem em geral as mesmas indicações do transplante convencional. Entretanto, este procedimento é ainda mais complexo. Nesta modalidade de transplante, o fígado doente é substituído por parte de um fígado saudável proveniente de um doador adulto, geralmente familiar. Desse modo são realizadas duas cirurgias simultâneas, a cirurgia de hepatectomia parcial realizada no doador, e o transplante de fígado propriamente, onde é implantado a parte do fígado retirada do doador vivo.

Cirurgia do Fígado

O fígado é a maior glândula do corpo humano, responsável pelo metabolismo de toxinas, e substâncias com a glicose e os lipídeos. Além disso o fígado tem a característica de “crescer”, recuperando quase todo o seu peso original. As ressecções de parte do fígado, denominadas hepatectomia, podem ser de segmentos menores, ou incluir o lobo direito ou o lobo esquerdo do fígado. O tratamento cirúrgico é indicado principalmente em casos de tumores metastáticos, como é o caso das metástases decorrentes do câncer de cólon (intestino grosso), ou em casos mais raros de tumores primários do fígado (carcinoma hepatocelular) e das vias biliares (colangicarcinoma).

Existem outras situações mais raras que podem requerer a resseção hepática, com em alguns casos lesão alta da via biliar, casos de litíase intra-hepática ou de doença de Caroli segmentar. Tumores benignos do fígado como hemangioma, hiperplasia nodular focal e adenomas pequenos, geralmente não têm indicação de tratamento cirúrgico. Entretanto, cada caso deve ser avaliado individualmente, caso a caso.

É importante destacar, que o tumor de fígado é geralmente assintomático nos estágios mais iniciais, sendo detectados por meio de exames de rotina. Além disso, pacientes com diagnóstico de cirrose ou hepatite, podem apresentar maior propensão ao desenvolvimento de nódulos no fígado, necessitando acompanhamento periódico.

Atualmente a esteatose ou gordura do fígado figura entre uma das principais causas de hepatite, com evolução gradual para cirrose que pode culminar com a necessidade de transplante de fígado. Além disso pacientes com esteato-hepatite apresentam maior risco de desenvolvimento do carcinoma hepatocelular.

Cirurgia do Pâncreas

O pâncreas é uma importante glândula do sistema digestivo, localizada no abdômen, atrás do estômago, desempenhando função importante na digestão de alimentos e regulação dos níveis de glicose do sangue. A maior parte do pâncreas é composta por células exócrinas que libera enzimas digestivas (amilase, lipase e tripsina) nos ductos pancreáticos, e finalmente na luz duodenal, onde atuam como coadjuvantes na digestão dos alimentos. Além disso, as ilhotas de Langerhans, dispersas pelo tecido pancreático, apresentam função endócrina, liberando os hormônios insulina e glucagon na corrente sanguínea, onde atuam na regulação dos níveis de glicose.

Existem dois tumores principais que acometem o pâncreas, o adenocarninoma ou câncer de pâncreas proveniente das células exócrinas, sendo o tipo mais comum, e o tumor neuroendócrino de pâncreas, mais raro, proveniente das células das ilhotas. Existem também tumores císticos do pâncreas que podem ter indicação cirúrgica dependendo do tipo e tamanho do cisto. São dois os principais tipos de cirurgia com retirada de parte do pâncreas. A pancreatectomia corpo-caudal, corresponde a retirada da parte distal do órgão, e em grande parte das vezes inclui a retirada simultânea do baço. Já a gastroduodenopancreatectomia é um procedimento mais complexo, pois juntamente com a cabeça do pâncreas é retirado o duodeno, parte do estômago e parte da via biliar. Isto ocorre porque estas estruturas estão intrinsecamente presas a esta porção do pâncreas.

O pâncreas também pode ser acometido pela pancreatite aguda e crônica. Nesses casos, algumas vezes podem ser necessárias cirurgias de derivação do pâncreas, quando há complicações como formação de pseudocistos ou a presença de dor intratável com dilatação do duto pancreático principal.

Cirurgia das Vias Biliares

As vias biliares têm uma porção dentro do fígado (intra-hepática) e uma porção extra-hepática. Inicialmente a bile secretada pelas células do fígado (hepatócitos) drena em canalículos biliares, que drenam em canais maiores, até o duto biliar extra-hepático, terminando na luz do duodeno. Além disso, ao entrar no duto biliar extra-hepático, a bile é desviada para armazenamento na vesícula biliar, sendo liberada pelo estímulo da ingestão de alimentos, principalmente gordurosos. O principal câncer que acomete as vias biliares, é o colangiocarcinoma, que na maioria das vezes acomete a via biliar intra-hepática ou muito próxima do fígado, necessitando tratamento cirúrgico por resseção do lobo do fígado acometido. A doença de Caroli também acomete a via biliar intra-hepática, e raramente tem indicação de ressecção do fígado, já os casos de cisto de colédoco podem requerer tratamento cirúrgico com resseção do cisto e a realização de derivação biliodigestiva, ou seja, a realização de um novo caminho para drenagem do duto biliar no intestino. Outras situações podem requerer a realização de derivação bileodigestiva que inclui alguns casos de litíase intra-hepática, e casos mais complexos de lesão e estenose de via biliar.

Cirurgia da Vesícula Biliar

A vesícula biliar é um órgão que faz parte do trato biliar e se localiza junto ao segmento V do fígado. A principal indicação de retirada da vesícula biliar, ou seja colecistectomia, é a colelitíase, que corresponde à presença de cálculos na vesícula biliar (ou “pedras na vesícula”). A presença de cálculos pode levar a obstrução da saída da vesícula, impossibilitando a drenagem de bile. Quando isso ocorre temporariamente o paciente sente dor em cólicas que melhoram depois de alguns minutos, às vezes a dor é mais intensa, associando-se a náuseas e vômitos e pode perdurar por mais tempo. Outras complicações potencialmente mais graves são a colecistite aguda (inflamação aguda da vesícula biliar), a pancreatite aguda, ou a obstrução da via biliar, que ocorre pela migração de cálculos para a via biliar extra-hepática. Atualmente a técnica padrão ouro para a retirada da vesícula biliar é a colecistectomia por videolaparoscopia. Entretanto, mais raramente ainda pode ser necessária a cirurgia convencional.

Outras causas de indicação de colecistectomia são a presença de pólipos geralmente maiores que 1 cm, e a suspeita de neoplasia da parede da vesícula biliar. Entretanto, no caso de câncer da vesícula biliar, procedimentos maiores são necessários, como resseções maiores do fígado.

Cirurgia de Hérnias

As hérnias da parede abdominal geralmente têm indicação de tratamento cirúrgico, sendo mais frequente a hérnia da região inguinal, que representam aproximadamente 75% de todas as hérnias. É importante também destacar as hérnias umbilicais e incisionais. E outras hérnias mais raras como por exemplo a epigástrica, e a hérnia de Spiegel. As hérnias da parede abdominal caracterizam-se pela fraqueza de estruturas de contenção, com protusão do saco herniário habitado por parte tecido gorduroso intra-abdominal ou parte de alça intestinal. Uma das complicações potencialmente mais grave é a obstrução de alça intestinal herniada.

O tratamento das hérnias requer a redução do saco herniário com reforço do defeito na parede abdominal, que geralmente requer a colocação de tela. Atualmente, a hérnia pode ser corrigida pela via convencional como pode ser realizada herniorrafia por videolaparoscopia.

Tratamentos

  • Tratamento de pacientes com cirrose do fígado
  • Tratamento de pacientes com doenças do fígado
  • Tratamento de pacientes com doenças do pâncreas